terça-feira, 10 de setembro de 2013

2ª Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo Ano da fé 2012-2013 - Parte XI


Estamos no Ano da Fé que está sendo contemplado com reflexão baseados em 12 textos da Bíblia os quais publicaremos durante as semanas seguintes, iniciando com um trecho da Carta de apresentação do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.
Que possam desfrutar desses momentos para que permaneçam firmes da fé não importando por qual situação estejam passando e possamos juntos dizer:
Senhor aumentai a nossa Fé! 





"...O Ano da Fé é, pois, um “tempo favorável” para renovar o conhecimento e apreço pela fé que recebemos, e para a professarmos com firmeza e alegria. Desejo, com esta Carta Pastoral, oferecer a todos os filhos e filhas da amada Arquidiocese de São Paulo uma reflexão motivadora e, ao mesmo tempo, as necessárias orientações para a vivência do Ano da Fé em nossa Comunidade Eclesial Metropolitana, colocada sob o patrocínio do Apóstolo São Paulo, grande missionário, mestre e testemunha da fé!"

11. “Senhor, aumentai a nossa fé!” (Lc 17,5). O Ano da Fé


Um dia, as apóstolos deram-se conta que sua fé era muito pequena; vários discípulos até abandonaram Jesus e foram-se embora, achando que suas palavras eram difíceis demais para serem aceitas. Não conseguiam acolher plenamente a Boa Nova e o próprio Jesus. Então Ele perguntou aos doze apóstolos: “Também vós quereis ir?” Pedro, em nome de todos, respondeu: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e sabemos que tu és o santo de Deus” (cf Jo 6,69). 
Trata-se de uma escolha: ou ficamos com a certeza que vem de Cristo, ou confiamos em nossas limitadas certezas, que não levam longe...
Em outra ocasião, os discípulos viram que sua fé era pouca e pediram a Jesus: “Senhor, aumentai a nossa fé!” (Lc 17,5). Sempre existiram crises de fé, que levaram até a duvidar, ou a abandonar a fé e a afastar-se da Igreja, comunidade de fé. Muitas vezes, essas crises acontecem porque a fé não é cultivada, nem robustecida; não se ama, nem se aprecia o que não se conhece. Por isso, como os discípulos, também nós pedimos: “Senhor, aumentai a nossa fé!”
O Ano da Fé se apresenta como uma “hora de Deus” para a Igreja e todos os católicos. Durante este ano, teremos muitas ocasiões para renovar e aprofundar a nossa fé, para celebrar com grande intensidade os “Mistérios da Fé”, na Liturgia, e para manifestar e testemunhar publicamente nossa fé.
Desejo, pois, apresentar as principais indicações para viver com proveito o Ano da Fé em nossa Arquidiocese. Muitas dessas indicações foram propostas pela própria Santa Sé, para que sejam realizadas em todo o mundo, de acordo com as circunstâncias de cada lugar.

São objetivos para a vivência do Ano da Fé:
 a) renovar a profissão da fé, de maneira pessoal e comunitária;
 b) aprofundar o conhecimento das verdades da fé;
 c) difundir, estudar e conhecer melhor o Catecismo da Igreja
Católica e/ou o Compêndio do Catecismo; 
d) pedir perdão a Deus pelas infidelidades contra a fé; 
e) despertar nos fiéis um novo apreço pela fé católica, a alegria de crer e o desejo de testemunhar e transmitir a fé aos outros.

Algumas das iniciativas do Ano da Fé serão de âmbito arquidiocesano; para essas, convidamos a inteira comunidade arquidiocesana a participar; outras serão de âmbito regional, envolvendo as paróquias e demais organizações eclesiais e pastorais das Regiões Episcopais; e outras, enfim, serão de âmbito paroquial e local; estas serão a maioria e sua organização dependerá das próprias paróquias e das organizações e grupos eclesiais ali existentes.
Conto, portanto, com a boa vontade, o interesse e o dinamismo dos Padres, Diáconos, Religiosos e lideranças dos Leigos para a promoção de iniciativas que ajudem a alcançar os melhores frutos do Ano da Fé.

11.1. Ações destacadas durante o Ano da Fé

No Ano da Fé, teremos alguns momentos mais destacados para valorizar nossa fé católica, quer no conjunto das verdades professadas no Creio, quer nalgum Mistério da Fé, em particular.

• 04/11/2012, Domingo de Todos os Santos, abertura do Ano da Fé na Arquidiocese.
A abertura solene, na Arquidiocese, será feita pelo Arcebispo, na Catedral Metropolitana e, pelos Bispos Auxiliares, em uma igreja de referência de cada Região Episcopal. No mesmo domingo, também se fará em cada paróquia, a abertura solene do Ano da Fé;
• 25/01/2013, celebração solene na Catedral Metropolitana e em todas as igrejas da Arquidiocese da festa do apóstolo São Paulo, mestre e testemunha da fé, Patrono da Arquidiocese de São Paulo;
a celebração será precedida de um Tríduo em todas as paróquias
e comunidades da Arquidiocese;.
• 05/05/2013, peregrinação arquidiocesana anual para o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, para renovar nossa fé; participação especial dos jovens;
• 19/05/2013, Pentecostes dos jovens crismandos e já crismados, para a profissão da fé;
• 30/05/2013, Solenidade de Corpus Christi, com especial manifestação da nossa fé no Mistério Eucarístico. Pela manhã, procissão arquidiocesana no centro; à tarde, celebração nas paróquias;
• 16-20/07/2013, Semana Missionária da Juventude em São Paulo;
• 23-28/07/2013, participação dos jovens na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, com a presença do Papa;
Peregrinações do povo de cada Região Episcopal para a Catedral da Sé, para renovar a fé junto com o Arcebispo, o respectivo Bispo Auxiliar e o clero; sempre ás 15h:
• 25/08/2013 – Região Episcopal Ipiranga
• 01/09/2013 – Região Episcopal Belém
• 15/09/2013 – Região Episcopal Lapa
• 22/09/2013 – Região Episcopal Santana
• 29/09/2013 – Região Episcopal Brasilândia
• 06/10/2013 – Região Episcopal Sé
• 03/08/2013, 09h30: peregrinação especial do clero (Padres e Diáconos) à Catedral Metropolitana, para a solene renovação da profissão de fé, na festa do Santo Cura de Ars;
• 17/08/2013, peregrinação dos religiosos/as e demais “consagrados” à Catedral Metropolitana para a renovação da profissão de fé;
• 24/11/2013, Domingo de Cristo Rei: solene encerramento do Ano da Fé.

11.2. A fé celebrada na Liturgia

Os grandes e belos Mistérios da Fé, que cremos, são celebrados na Liturgia; assim, expressamos a nossa resposta e adesão de fé na adoração, na contemplação, na ação de graças e no louvor. Por isso, cada momento do Ano Litúrgico é uma ocasião rica para tomar consciência da nossa fé naquele Mistério da fé especialmente enfocado na celebração: Advento e Natal, Quaresma, Páscoa e Pentecostes, as Solenidades e Festas relativas a Deus Pai, ao Espírito Santo e ao Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor; ou aquelas
relativas à Virgem Maria e aos Santos.
— Advento e Natal de 2012: a Novena de Natal tem como tema – Natal feliz é Natal com fé;
— Quaresma de 2013: celebrada com especial atenção para a conversão, o pedido de perdão pelas infidelidades a Deus e às Promessas do Batismo;
— Campanha da Fraternidade de 2013: com o tema voltado para a juventude, terá a preocupação especial da transmissão da fé às novas gerações;
— Páscoa de 2013: especial ocasião para a renovação da fé pascal e para a catequese sobre os Mistérios da nossa “fé pascal” no Redentor, o Senhor ressuscitado, vencedor do pecado e da morte;
— Festas dos Santos Padroeiros das Paróquias e Comunidades, dos santos Fundadores das Ordens, Congregações e Institutos de Vida Consagrada: apresentar os santos como testemunhas qualificadas da fé da Igreja;
— Em todas essas ocasiões, como também nas reuniões, encontros, cursos formativos e retiros espirituais, fazer a renovação da profissão de fé batismal, de maneira solene e pública, segundo a forma do Símbolo Niceno-Constantinopolitano, como pede a Santa Sé, ou na forma do Símbolo dos Apóstolos, não perdendo a ocasião para explicar algum aspecto da fé professada pela Igreja. A forma da renovação da fé está no final desta Carta Pastoral.

11.3. Ano da Fé e Catecismo da Igreja Católica

— Durante o Ano da fé, divulgar amplamente, para que as pessoas adquiram, a Sagrada Escritura, o Catecismo da Igreja Católica, o Compêndio do Catecismo, o Youcat (Catecismo Jovem) e o livrinho de cabeceira “Sou Católico, vivo a minha fé”, da CNBB;
— Aproveitar todas as ocasiões, ao longo do Ano da Fé, para uma abundante pregação sobre as verdades da nossa fé contidas no Creio em Deus Pai;
— Promover catequeses sistemáticas para os fiéis sobre a primeira parte do Catecismo da Igreja Católica (parágrafos 01 a 1065); essas catequeses também sejam feitas pelos Meios de Comunicação Social, a Internet e nas Redes Sociais; dar ocasião ao povo para esclarecer suas dúvidas de fé;
— Divulgar entre o povo as catequeses do Papa, em Roma, nas quartas--feiras;
— Promover visitas e peregrinações aos “lugares da fé”, como os Santuários, ou as igrejas relacionadas com a vida de algum santo, fora da Arquidiocese, ou na própria cidade de São Paulo (Santa Paulina, Santo Antônio de Santana Galvão, Beato Padre José de Anchieta e Pe. Mariano de la Mata);
— Promover entre os casais e as famílias uma renovada consciência sobre o seu dever de viver e testemunhar a fé, de a transmitir aos filhos e de introduzi-los na vida da Igreja;
— Mover a Comunidade paroquial, e as organizações eclesiais dentro dela, para que não falte a catequese de iniciação à vida cristã para nenhuma
criança e adolescente de família católica. Promover o ensino
religioso católico nas escolas católicas;
— Ao longo do Ano da Fé, promover retiros, cursos e reflexões sobre a
fé da Igreja, sempre em base ao Catecismo da Igreja Católica, para
jovens e adultos; promover em cada paróquia da Arquidiocese o dia
de adoração ao Santíssimo Sacramento;
— Formar mais catequistas e aprofundar a formação dos que já atuam na catequese; formar pregadores da fé católica;
— As Religiosas e Religiosos, os membros das Associações de Fiéis, Novas Comunidades e Movimentos eclesiais procurem comunicar com alegria e generosidade o dom da fé;
— Durante todo o Ano da Fé, dar abundantes oportunidades para que o povo possa confessar.
Alguns livros básicos deveriam estar presentes em todas as casas e
acompanhar a vida das famílias e pessoas no caminho de sua fé católica: a Bíblia; o Catecismo da Igreja Católica; o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (em forma de perguntas e respostas); Sou Católico, vivo a minha fé (da CNBB); o Youcat (Catecismo Jovem). Cada família também deveria ter algum manual ou livro de orações, para as orações diárias e as principais devoções católicas, que ajudam a cultivar e preservar a fé católica e a transmiti-la às novas gerações.
Alguns sinais identificadores da nossa fé católica deveriam merecer uma renovada atenção neste Ano da fé:

a) ter na sala de nossas casas, bem como nos quartos e nos ambientes de trabalho um crucifixo; 
b) em nossas casas, ter alguma imagem ou quadro de Nossa Senhora; 
c) fazer o sinal da cruz, antes de iniciar as atividades principais do dia e também rezar antes das refeições, sobretudo quando feitas em casa e em família;
d) ter consigo um sinal identificador da própria fé, como uma carteirinha de “identidade católica”, que as paróquias podem oferecer;
e) fazer a caridade aos pobres e, em geral, praticar as obras de misericórdia previstas em Mt 25.

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