segunda-feira, 2 de setembro de 2013

2ª Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo Ano da fé 2012-2013 - Parte X


Estamos no Ano da Fé que está sendo contemplado com reflexão baseados em 12 textos da Bíblia os quais publicaremos durante as semanas seguintes, iniciando com um trecho da Carta de apresentação do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.
Que possam desfrutar desses momentos para que permaneçam firmes da fé não importando por qual situação estejam passando e possamos juntos dizer:
Senhor aumentai a nossa Fé! 






"...O Ano da Fé é, pois, um “tempo favorável” para renovar o conhecimento e apreço pela fé que recebemos, e para a professarmos com firmeza e alegria. Desejo, com esta Carta Pastoral, oferecer a todos os filhos e filhas da amada Arquidiocese de São Paulo uma reflexão motivadora e, ao mesmo tempo, as necessárias orientações para a vivência do Ano da Fé em nossa Comunidade Eclesial Metropolitana, colocada sob o patrocínio do Apóstolo São Paulo, grande missionário, mestre e testemunha da fé!"


10. “E as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (cf Mt 16,19)


A Igreja é a Comunidade dos Batizados, que acolheu o Evangelho de Cristo e respondeu -“creio” – manifestando sua adesão a Deus, por meio de Jesus Cristo, no dom do Espírito Santo. Jesus Cristo quis a Igreja; reuniu discípulos em torno de si, preparou-os e os enviou ao mundo, com a ordem de anunciarem o Evangelho e de serem suas testemunhas entre os homens (cf At 1,8).
Jesus prometeu aos discípulos que estaria sempre com eles, até o fim dos tempos; e enviou-lhes o Espírito Santo para os assistir e fortalecer na sua missão. Os apóstolos obedeceram à determinação de Jesus e fizeram como Ele lhes mandou. 
Depois deles, seus sucessores continuaram a fazer o mesmo e, assim, de geração em geração, continuam a fazer até hoje. Deste modo, os cristãos são amparados e conduzidos com segurança e permanecem fiéis ao Evangelho de Cristo, sem se desviarem do caminho.
Nossa fé não é apenas um ato individual e privado; ela também é adesão àquilo que a Igreja inteira, unida ao Papa e aos Bispos, sucessores dos apóstolos, crê e professa. Desde os primeiros tempos do Cristianismo, houve o risco de desvios na fé recebida dos apóstolos; o próprio São Paulo alerta, em diversas passagens, contra os falsos mestres e pregadores, que desviavam os fiéis da verdadeira fé: “Mesmo que nós, ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excluído” da comunidade (cf Gl 1,8-9).
A Igreja, fiel ao seu divino Mestre e Fundador, não adapta sua pregação ao gosto dos ouvintes, só para os agradar; ela precisa permanecer na verdade do Evangelho e nela perseverar, mesmo nas dificuldades e perseguições.
Jesus prometeu sua assistência a Pedro, quando lhe entregou o “poder das chaves”, afirmando que “as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja” (cf. Mt 16,18), fundada sobre a rocha inabalável, que lhe serve de fundamento: essa rocha é o próprio Cristo, “pedra angular da Igreja”, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus (cf Ef 2,20).
É por isso que, mesmo em meio às crises e críticas, nunca devemos perder a confiança na nossa Igreja Católica; é verdade que ela precisa converter-se e purificar-se constantemente, para ser santa e fiel ao seu Senhor; mas tenhamos a certeza de que Jesus Cristo nunca vai abandonar sua Igreja; quem permanece unido à Igreja, permanece unido a Cristo. Por isso mesmo, ninguém deve desprezá-la ou abandoná-la. O que nos dá segurança, é que não estamos sozinhos na nossa fé: cremos com toda a Igreja, comunidade de fé; e cremos como a Igreja crê. Isso nos faz pensar que cremos com a Virgem Maria e São José, os apóstolos, os mártires e santos de todos os tempos... Cremos com Santo Agostinho, com São Francisco e Santa Clara, São Tomás e São Domingos, Santo Inácio de Loyola e Santa Teresa, com São Vicente de Paulo e São João Bosco, só para citar alguns. E cremos com os Beatos João 23 e João Paulo 2º. 
Não estamos sozinhos em nossa fé!


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