segunda-feira, 29 de abril de 2013

DIA DE EMAÚS

           No dia 14 deste mês comemoramos o dia de Emaús com uma missa na Paróquia Nossa Senhora de Aparecida na V. Souza - S. Paulo.
             Foi com grande alegria que a Fraternidade acolheu mais um membro, nossa irmã Elaine que recebeu a cruz como compromisso missionário em "...viver a espiritualidade do caminho, do discipulado e da escuta da Palavra do Senhor ressuscitado.......viver a santidade pela solidariedade, pela oração, pela Eucaristia, pela missão
e pela vida em comunidade.. (fórmula de acolhida na FME).
         Além dela, nossos irmãos: Vicente, Lourdes, Aci, Letícia, Márcio e Vicente Jr. renovaram seus compromissos com a Fraternidade recebendo a nova cruz.
            Todos somos chamados a ingressarmos na Fraternidade. 
           
Você pode participar, veja nas Orientações para Associações dos Fiéis da Fraternidade Emaús e escolha de qual dos 03 (três) modos, apresentado no capítulo Quem Somos e seja muito bemvindo.

ORIENTAÇÕES PARA A FRATERNIDADE MISSIONÁRIA EMAÚS - Parte 1


A partir deste mês estaremos publicando nosso livro sobre orientações para a Fraternidade Missionária, a cada semana conhecerão nossas diretrizes e assim possam, com a inspiração do Espírito Santo, trabalharem nesta obra de Deus.





APRESENTAÇÃO



A palavra do fundador

Caríssimos irmãos e irmãs,
Tenho a grata satisfação de oferecer-lhes a nova versão das ORIENTAÇÕES PARA A FRATERNIDADE MISSIONÁRIA EMAÚS. O que tem de novo, são as reflexões após cada Orientação que nos ajudam a aprofundar melhor o que cada Orientação propõe, e novas fórmulas de orações que nos favorecem nos momentos de espiritualidade.
Desejo que façam bom uso, leiam, rezem e meditem cada Orientação a partir da Palavra de Deus, como parte integrante do seu itinerário espiritual, no Caminho de Emaús, com Jesus ressuscitado, como fizeram os dois discípulos.
Esse é o objetivo: seguir Jesus, fazer a experiência pessoal com Ele e “servir na santidade e na justiça, diante Dele todos os dias de nossa vida”. (Lc 1,75).
Que a graça de Deus, a assistência do Espírito Santo, a força da ressurreição de Jesus e a proteção da Virgem Maria e de São José, sejam constantes em sua vida!
Cordialmente em Cristo,
Pe. Valdiran Ferreira dos Santos, fme


A Palavra dos Pastores


Ao apresentar essas Orientações para a Associação de Fiéis da FRATERNIDADE MISSIONÁRIA EMAÚS, afirmo que é com imensa satisfação que o faço. Essa nova instituição de vida consagrada que nasceu em nossa Região Episcopal Brasilândia e cresce em toda a Igreja Particular da Arquidiocese de São Paulo, está voltada para a missão evangelizadora, visando preferencialmente os irmãos marginalizados e excluídos, conforme muito bem o texto salienta em suas orientações.
O propósito da Fraternidade vem de encontro ao insistente apelo da Igreja que na atualidade clama incansavelmente por uma nova evangelização. Já o papa Paulo VI, em sua Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, lançara as bases dessa evangelização, enfatizada com admirável veemência pelo papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte e em suas exortações apostólicas póssinodal dirigidas aos continentes do planeta, que no nosso caso fomos presenteados com a Ecclesia in América, documento que do princípio ao fim centraliza o tema-chave da evangelização e endossa com muita firmeza o conteúdo enunciado pelas Conferências Episcopais Latino-americanas.
O nosso contexto eclesial de Arquidiocese metropolitana, partindo das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (Doc. CNBB, 71), passando pelo PAMP (Projeto de Ação Missionária Permanente do Regional Sul 1 - CNBB), assume a nova evangelização no seu 9o Plano de Pastoral (2004-2007) intencionada em Ser Igreja Missionária na Cidade de São Paulo.
Fortemente iluminada pelo Espírito, o grande desejo comum da Igreja em nível universal e particular é promover uma nova evangelização. Disposta a valer-se de todos os recursos disponíveis, a Igreja objetiva proporcionar um profundo encontro de todas as pessoas com a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só encontrando-se com Jesus Cristo, Deus e Senhor, podemos ver na face de cada irmão, sobretudo dos mais sofridos, a verdadeira face do Cristo sofredor. Sem passar pela experiência do encontro com o
Deus Vivo, caminho, verdade e vida, é duvidosa a opção preferencial pelos pobres.


A Palavra dos Pastores

Atendendo ao chamado da Igreja para a missão evangelizadora nesse novo tempo, a Fraternidade Missionária Emaús, como associação de vida consagrada com seus carismas próprios, é bem vinda em nosso meio eclesial. Acreditamos ser de enorme importância a sua presença nas realidades tão desafiadoras de nossa Região Episcopal. Indiscutivelmente a Fraternidade vem em boa hora oferecer sua diferenciada contribuição dedicando-se ao serviço, diálogo, anúncio e testemunho.
Os estimados irmãos e irmãs consagrados, conscientizados de sua condição de batizados, sintam-se apoiados em sua vocação pela difusão do Reino de Deus em favor de nosso povo tão carente de justiça e de Amor.
Protegidos pela maior missionária de Deus, Maria Santíssima - a estrela da nova evangelização, sejam fiéis e felizes em seu labor missionário.
Em Cristo Jesus! Paz e Esperança!
Dom José Benedito Simão


Uma palavra de amigo

Desde que cheguei na Região Episcopal Brasilândia tenho acompanhado, apesar da distância, o trabalho missionário realizado pela Fraternidade Missionária Emaús.
Atuando nas paróquias, ou então em expedições missionárias pelo Nordeste ou na Região do Vale do Jequitinhonha (MG), os membros da Fraternidade vão revivendo a experiência dos discípulos de Emaús: a experiência de tendo se encontrado com o Senhor, trabalhar “a fim de que o divino anúncio da salvação seja conhecido e aceito por todos os homens em todo mundo”.
O carisma da Fraternidade atualiza o grande apelo que a Igreja, em todas as partes do mundo, tem feito aos cristãos e cristãs batizados: assumir com novo ardor o mandato missionário: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos...ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei.” (Mt 28,19)
Precisamente, na América Latina e no Caribe, com a Conferência de Aparecida, a ordem de Jesus assume uma conotação mais forte: “Discípulos missionários de Jesus Cristo Caminho, Verdade e Vida, para que nossos povos tenham vida Nele”.
A resposta ao chamado que o Senhor dirige aos membros da Fraternidade certamente os leva a dizer: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-Lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher. Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado, podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe, e cada um de seus habitantes.” (DAp n.18)
Comprometidos com o Cristo, cada membro da Fraternidade Missionária de Emaús sente-se também comprometido com os irmãos, com os mais sofridos, com aqueles que buscam e anseiam pela libertação plena e integral.
Deus abençoe o ministério do Pe. Valdiran Ferreira dos Santos e a vida e a dedicação de cada um dos membros da FME! Tendo o coração ardendo pela escuta da Palavra de Jesus, e olhos abertos para reconhecê-lo na Mesa da Eucaristia e no rosto dos irmãos, que vocês possam percorrer as estradas do mundo, trabalhando para que a salvação de Cristo torne-se realidade na vida dos que lhes
encontrarem.
Tendo em mãos as Orientações para a Fraternidade, vocês busquem sempre mais a coerência com o ideal abraçado, a docilidade do Espírito e a fidelidade à Igreja que nos ampara e nos conduz ao Reino definitivo.
Com os olhos em Maria, “Estrela da Evangelização”, Mãe discípula de seu Filho, vocês aprendam a unir entusiasmo e coerência, fidelidade e alegria, missão e oração.
Dom Milton Kenan Junior
Bispo da Região Episcopal Brasilândia
Arquidiocese de São Paulo



1. QUEM SOMOS:

1) IRMÃS E IRMÃOS COLABORADORES DA FME:
São as pessoas que apoiam nosso trabalho missionário e nosso projeto. Vivem a espiritualidade de Emaús; disponibilizam seu tempo, orações e recursos para nos ajudar na missão.

2) IRMÃS E IRMÃOS DE VIDA APOSTÓLICA:
São pessoas que fazem parte da FME, receberam o Evangelho e a cruz, vivem o carisma, a espiritualidade e a missão. Assumem mais de perto os trabalhos, reuniões, retiros, encontros etc.

3) IRMÃS E IRMÃOS DE VIDA COMUNITÁRIA:
São pessoas que fazem a experiência de vida comunitária, tendo em vista a consagração. Trata-se de uma opção radical. Pessoas que “deixam tudo” para seguir a Cristo mais intimamente; vivem o carisma intensamente e dedicam-se exclusivamente ao serviço das irmãs e irmãos mais necessitados e á evangelização.




terça-feira, 23 de abril de 2013

FORMAÇÃO



A DIFÍCIL CAMINHADA PARA EMAÚS - Lc 24:13–35 - Pr. Leonardo Nascimento


INTRODUÇÃO
Dois discípulos estavam indo de Jerusalém para uma aldeia chamada Emaús. Esta caminhada não estava sendo fácil porque Jesus havia morrido e, sem saber da ressurreição do Mestre, estavam tomados de tristeza e angústia, fato que estava tornando os onze quilômetros que separavam Jerusalém de Emaús uma caminhada extremamente difícil.

SOLIDÃO NÃO É A SOLUÇÃO
Neste texto bíblico aprendemos uma verdade importante: esses discípulos estavam tristes e angustiados, mas estavam juntos.
Muitas vezes, quando alguém está triste, prefere ficar sozinho. Contudo, a solidão não é a solução. Ter alguém em que se possa confiar é uma grande benção de Deus; Ele mesmo ordenou: “Levai as cargas uns dos outros”. (Gl 6:2).
O versículo quinze do texto nos informa que, enquanto conversavam, Jesus se aproximou deles. A presença de Jesus em nossas vidas é real e ela se dá em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins.

A PRESENÇA DE JESUS
Apesar de não reconheceram Jesus, Ele estava com eles. Esta é uma lição importante: Deus está conosco, independente da nossa percepção ou de nossos sentimentos. (V. 16).

JESUS SE IMPORTA
Jesus pergunta e insiste em saber qual o motivo da tristeza dos discípulos. É evidente que Jesus sabia, exatamente, porque estavam tristes, mas queria ouvir deles. Deus sabe de tudo o que nos cerca, de tudo o que necessitamos, mas Ele quer ouvir de nós. Esteja bem ou mal nunca deixe de falar com Deus, Ele se importa com você. (V. 17 a 19).

A ESPERANÇA DESFEITA
Ao responder a pergunta de Jesus, os discípulos disseram:  “nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel ”. (V. 21).
Logo depois de dizerem que Jesus era um profeta poderoso em obras e em palavras, os discípulos revelam que a esperança deles havia se desfeito. Não tinham mais esperança porque não compreendiam quem era Jesus. Jesus é o unigênito Filho de Deus, muito mais do que um profeta poderoso em obras ou em palavras.
Os discípulos estavam procurando algo que ainda lhes desse esperança, pois relataram o discurso das mulheres que tinham ido ao túmulo e disseram que Jesus havia ressuscitado, mas olhando para Jesus, afirmavam: “ninguém o viu”. (V. 24).
Que esteja gravado sempre em nossos corações quem é Jesus e que possamos firmar nosso olhar nele, sabendo enxergá–lo, sempre, em nossas vidas.

O CONVITE A CRER
Nos versículos vinte e cinco a vinte e sete, Jesus convida os discípulos a crerem, mas a crerem no que os profetas disseram, ou seja, na Palavra.
Para que nossa esperança não seja desfeita, para que nossa caminhada, mesmo que difícil, seja vitoriosa, precisamos aceitar esse convite, precisamos crer na Palavra de Deus.
Depois de receberem o convite para crer nas Escrituras Sagradas, os discípulos se aproximaram de Emaús. A difícil caminhada, felizmente, chegava ao fim e toda a tristeza e angústia seriam transformadas em grande alegria.

A IMPORTÂNCIA DA PRESENÇA DE JESUS
Continuando a história da difícil caminhada desses dois discípulos, aprendemos que a presença de Jesus em nossas vidas é fundamental. Quando eles perceberam que Jesus continuaria sua caminhada, eles insistiram com Jesus para que permanecessem juntos.
As palavras e a presença de Jesus fizeram com que os discípulos desejassem mais. Aprendemos ainda que com Deus a caminhada nunca é interminável. Jesus é indispensável em nossas vidas e precisamos desejar sempre mais Dele.

A OBRA COMPLETA
Quando chegaram à aldeia, no momento do partir do pão, os discípulos reconheceram Jesus e, então, Ele desapareceu da frente deles, não com a ideia de abandoná–los, mas mostrando que a obra estava completa. O motivo da tristeza daqueles homens não existia mais: Jesus estava vivo.
Deus tem poder para mudar toda e qualquer situação e a obra que Ele realiza sempre é perfeita.

A ABRAGÊNCIA DA PALAVRA DE JESUS
Depois que Jesus desapareceu da frente deles, os discípulos reconheceram que o coração deles ardia enquanto Jesus falava. As palavras de Jesus atingem o mais íntimo do ser humano. O que nenhuma ciência humana é capaz de fazer, Deus faz.

A EXPERIÊNCIA PESSOAL
O texto encerra informando que os discípulos voltaram para Jerusalém, imediatamente.
Já era tarde, mas eles tiveram uma experiência pessoal tão intensa que seria impossível dormir. Quando chegaram a Jerusalém, Jesus já havia aparecido a Pedro e a ressurreição não era novidade para os apóstolos; mas estes discípulos tinham a sua própria história.
Ouvir testemunhos do que Deus faz na vida de nossos irmãos é maravilhoso, mas experimentar Deus fazendo em nossas vidas é incomparavelmente melhor.
Ouvir as experiências dos outros nos fortalece; viver nossas próprias experiências nos faz crescer.
Oremos para que Deus nos proporcione cada vez mais experiências com Ele.


Pe. Valdiran dos Santos

segunda-feira, 15 de abril de 2013

FORMAÇÃO CATEQUÉTICA


"MISSÃO JOVEM" - por Maria Soave

É sempre difícil para mim dar dicas ou “receitas”, ainda mais quando se trata de fé e de Bíblia. Acho que receitas servem para possuir alguns instrumentos, depois, o que é mais importante é que cada pessoa, cada comunidade “invente” seus próprios pratos com a fantasia e a poesia que vem da Vida e da alegria de viver. Então, irei partilhar com você, catequista, algumas reflexões, algumas simples dicas, para a leitura popular da Bíblia.
Escolhi um “número imperfeito” de sugestões; seis pequenas reflexões para que cada catequista se sinta animado(a) nesta caminhada de construção do Reino de Deus. Tome o evangelho de Lc 24,13-35 e mergulhemos juntos neste texto para perceber os seis passos que podem iluminar a nossa leitura bíblica.

1 - A PRIMEIRA PALAVRA DE DEUS: A VIDA
Os discípulos de Emaús, provavelmente um casal, Cleófas e Maria, estavam indo embora de Jerusalém entristecidos, depois da morte de Jesus. No caminho para Emaús, Jesus (que eles pensam ser um forasteiro) se aproxima dos dois, começa a caminhar junto, pergunta sobre a vida deles, sobre o porquê da tristeza... (Lc 24,13-17).
Acho que o primeiro passo que cada catequista é chamado(a) a fazer é estar no seguimento e na imitação de Cristo. A primeira coisa que Jesus fez com Maria e Cleófas foi caminhar com eles, ouvir a vida, partilhar angústias... caminhar juntos na partilha da Vida. Quem quer ler a Bíblia, para ouvir a Palavra de Deus, deve saber que a primeira e mais importante Palavra de Deus é a Vida das pessoas, sobretudo a vida mais empobrecida, excluída e marginalizada.
Vamos nos perguntar: temos tido paciência de caminhar juntos com os catequizandos(as)?

2 - INSISTIR NA ESCUTA DA VIDA
Maria e Cleófas não responderam logo às perguntas do “estrangeiro”. Eles estão machucados, apavorados, desanimados. Jesus insiste, com a pergunta sobre a Vida dos dois. Jesus insiste, palavra que vem do latim e significa “viver dentro”. Jesus vive a fé e a espiritualidade, por isso tem coragem para ouvir a vida sofrida do povo. Podemos abrir a Bíblia quando a nossa Vida conhece e ama a Vida das crianças e adolescentes na Catequese, das famílias, da vizinhança, da comunidade. Catequista, nenhum tempo é perdido se é para ouvir, partilhar, animar a Vida das nossas comunidades!
Vamos nos perguntar: quanto tempo colocamos a disposição para ouvir e partilhar a vida com os catequizandos?

3 - A PALAVRA DE DEUS NA BÍBLIA
Para reanimar (voltar a dar alma, sonho, ânimo e esperança) os dois discípulos a caminho de Emaús, Jesus conta textos da Bíblia, desde Moisés até os profetas (Lc 24,25-24).
Será que Jesus contou todos os textos escritos na Bíblia daquele tempo? Será que abriu a Bíblia ao acaso e contou qualquer texto? É claro que não! Jesus, ouvindo a vida dos dois, partilhando das dúvidas e angústias, foi escolhendo textos que pudessem reanimar. Catequista, o objetivo da leitura e da interpretação da Bíblia não é o sentido-em-si do texto, mas o seu sentido-para-nós. A gente não lê a Bíblia para buscar informações sobre o passado, mas sim para clarear o presente com a luz da presença do Deus-conosco; é interpretar a Vida com a ajuda da Bíblia!
Vamos nos perguntar: Quais são os textos da Bíblia que animam a caminhada da catequese na comunidade?

4 - BÍBLIA: LIVRO FEITO EM MUTIRÃO
O evangelho de Lucas nos diz que, ouvindo os textos das Sagradas Escrituras, narrados por Jesus, o coração de Cleófas e Maria ia se aquecendo... É a Palavra que devolve a Vida e os corações vão se aquecendo... (Lc 24,32).
A vida de muitas pessoas foi se misturando com a Vida do casal de discípulos. Perceberam que muitos homens viveram o Projeto de Deus antes deles. Não estavam sozinhos na caminhada da construção do Reino. Catequista, interpretar a Bíblia não é ação só de pessoas sabidas, mas é uma atividade comunitária, porque a Bíblia é um livro feito em mutirão. São os olhos de fé de crianças, homens e mulheres que, juntos, percebem a Palavra de Deus. É esta Palavra que anima a Vida e a Caminhada, contida na Bíblia.
Vamos nos perguntar: Sabemos partilhar em comunidade a reflexão da Bíblia ou só alguns, algumas mais “sábios” falam?

5 - RECONHECER JESUS NA PARTILHA
Querida(o) catequista, o texto do evangelho de Lucas nos diz que a Bíblia, sozinha, não ajuda a reconhecer Jesus, no máximo abrasa o coração. Precisamos aprender a partilhar, vivendo em comunidade (Lc 24, 28-32).
O espaço das comunidades é o lugar da escuta da Palavra, da prática da Partilha, da Celebração e do Compromisso em favor da Vida. A partilha em comunidade, o compromisso pela construção de um mundo solidário, sinal do Reino, nos trazem a experiência de Jesus – Emanuel – Deus Conosco.
Vamos nos perguntar: A leitura da Bíblia na catequese ajuda as crianças, os adolescentes e nós adultos a sermos pessoas de partilha e justiça na luta para um mundo melhor?

6 - NAQUELA MESMA HORA, LEVANTARAM-SE
Levantar-se e colocar-se a caminho, em Missão, em defesa da Vida, sobretudo onde está mais ameaçada. Meu irmão, minha irmã... este é o objetivo fundamental pelo qual abrimos a Bíblia. Nela encontramos força em nossa caminhada em defesa da primeira e mais importante Palavra de Deus: a Vida! “A Palavra de Deus faz sorrir, faz cantar, faz o sonho do Povo brilhar!”



por Padre Valdiran