terça-feira, 24 de setembro de 2013

UTILIDADE PÚBLICA - CURSOS DE CAPACITAÇÃO


11 mil vagas em cursos gratuitos de capacitação

O programa Via Rápida Emprego está com inscrições abertas até o 
final de setembro para 11 mil vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional em 255 municípios paulistas. São 838 vagas na capital, 1.696 na região metropolitana e 8.482 no interior e litoral, para cidadãos que querem ingressar no mercado de trabalho ou abrir o próprio negócio. 
São 32 opções de estudos para diferentes atuações, como agente de turismo, camareiro, cozinheiro, garçom, encanador, manicure e pedicure, maquiador, modelista de roupas, técnico em vendas, operador de empilhadeira e zelador. 
Para consultar as oportunidades disponíveis em cada cidade, o candidato deve acessar o site www.viarapida.sp.gov.br/cursos e digitar na barra de busca o nome da cidade. A inscrição deve ser 
feita no mesmo site. 
São necessários RG e CPF. O nível de escolaridade e idade exigido varia de acordo com o curso. Os selecionados receberão material didático e auxílio financeiro de R$ 100 para alimentação e R$ 150 para o transporte. Desempregados, sem seguro desemprego ou benefício previdenciário também têm direito à bolsa auxílio mensal de R$ 210. 
A seleção considera critérios como idade, escolaridade e renda familiar dos inscritos. Desempregados e mulheres arrimo de família têm prioridade. 
As aulas estão previstas para a segunda quinzena de outubro.

(FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/09/2013)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

2ª Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo Ano da fé 2012-2013 - FINAL


Estamos no Ano da Fé que está sendo contemplado com reflexão baseados em 12 textos da Bíblia os quais publicaremos durante as semanas seguintes, iniciando com um trecho da Carta de apresentação do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.
Que possam desfrutar desses momentos para que permaneçam firmes da fé não importando por qual situação estejam passando e possamos juntos dizer:
Senhor aumentai a nossa Fé! 






"...O Ano da Fé é, pois, um “tempo favorável” para renovar o conhecimento e apreço pela fé que recebemos, e para a professarmos com firmeza e alegria. Desejo, com esta Carta Pastoral, oferecer a todos os filhos e filhas da amada Arquidiocese de São Paulo uma reflexão motivadora e, ao mesmo tempo, as necessárias orientações para a vivência do Ano da Fé em nossa Comunidade Eclesial Metropolitana, colocada sob o patrocínio do Apóstolo São Paulo, grande missionário, mestre e testemunha da fé!"


Conclusão: “Feliz, aquela que acreditou!” (Lc 1,45)


Entregando esta Carta Pastoral a todos os queridos filhos e filhas da
Igreja, que está em São Paulo, recomendo especialmente aos sacerdotes e diáconos, aos religiosos, religiosas e demais pessoas consagradas, assim como às lideranças da Pastoral, que ajudem os demais irmãos e irmãs a terem o melhor proveito do Ano da Fé, pondo em prática as orientações desta Carta.
Como conclusão, faço um convite muito especial para que todos vivam este Ano da Fé como um “ano da graça de Deus” para suas vidas. Pelo dom da fé, temos acesso ao mais importante em nossas vidas: a comunhão e a familiaridade com Deus, que preenche de sentido a vida!
Quem não tem fé, peça-a com confiança na oração; busque-a com profundo interesse e abertura de coração e Deus não vai deixar de responder à sua busca. Quem tem pouca fé, procure crescer na fé mediante a prática assídua da oração, da caridade, da acolhida da Palavra de Deus, da participação na Missa dominical e nos demais Sacramentos, especialmente a Confissão.
Quem tem fé robusta, agradeça a Deus cada dia e seja humilde! Peça a graça da perseverança na fé até o fim da vida. E partilhe esse dom precioso com seus familiares e amigos e com quem vive sem fé; a fé autêntica contagia e incendeia... São Paulo, Patrono de nossa Arquidiocese, foi contagiante no seu amor a Cristo e no seu ardor apostólico, conquistando muitos irmãos para Cristo! 
Ninguém retenha só para si a alegria e o consolo da fé.
Quero, pois, fazer um apelo, que pode soar como um desafio: cada católico praticante, durante o ano, traga para a prática da fé mais um irmão católico não praticante. Com todo o respeito pela liberdade de consciência do próximo, mas também com todo o zelo de quem quer lhe fazer um imenso bem, fale de sua fé, de nossa fé, das coisas bonitas da fé da Igreja... Talvez, ninguém lhe tenha falado ainda! Sobretudo, procure dar-lhe o testemunho de uma vida correta e feliz. Quem conseguir ajudar um irmão a se aproximar mais da fé e da prática da religião, pode estar certo de uma bendita recompensa de Deus!
Os Bem Aventurados Pe. Anchieta e Pe. Mariano, com os santos Frei Galvão e Madre Paulina, que viveram em nossa cidade e a edificaram com o testemunho de sua fé, intercedam por nós!
Maria, Mãe de Jesus Cristo, pôs toda a sua fé em Deus e se colocou inteiramente à disposição da obra de Deus. Sua prima Isabel a proclamou “feliz”, porque acreditou nas palavras que lhe foram ditas da parte de Deus! (cf. Lc 1,45). 
E até hoje nós agradecemos a Maria, porque ela acreditou, e a proclamamos “bendita entre todas as mulheres”! Que Nossa Senhora da Assunção nos ensine a crer com fé forte e perseverante, para sermos felizes também nós.

São Paulo, na memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus,Doutora da Igreja, 01 de outubro de 2012
Card. Dom Odilo P. Scherer

Arcebispo Metropolitano de São Paulo

terça-feira, 10 de setembro de 2013

2ª Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo Ano da fé 2012-2013 - Parte XI


Estamos no Ano da Fé que está sendo contemplado com reflexão baseados em 12 textos da Bíblia os quais publicaremos durante as semanas seguintes, iniciando com um trecho da Carta de apresentação do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.
Que possam desfrutar desses momentos para que permaneçam firmes da fé não importando por qual situação estejam passando e possamos juntos dizer:
Senhor aumentai a nossa Fé! 





"...O Ano da Fé é, pois, um “tempo favorável” para renovar o conhecimento e apreço pela fé que recebemos, e para a professarmos com firmeza e alegria. Desejo, com esta Carta Pastoral, oferecer a todos os filhos e filhas da amada Arquidiocese de São Paulo uma reflexão motivadora e, ao mesmo tempo, as necessárias orientações para a vivência do Ano da Fé em nossa Comunidade Eclesial Metropolitana, colocada sob o patrocínio do Apóstolo São Paulo, grande missionário, mestre e testemunha da fé!"

11. “Senhor, aumentai a nossa fé!” (Lc 17,5). O Ano da Fé


Um dia, as apóstolos deram-se conta que sua fé era muito pequena; vários discípulos até abandonaram Jesus e foram-se embora, achando que suas palavras eram difíceis demais para serem aceitas. Não conseguiam acolher plenamente a Boa Nova e o próprio Jesus. Então Ele perguntou aos doze apóstolos: “Também vós quereis ir?” Pedro, em nome de todos, respondeu: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e sabemos que tu és o santo de Deus” (cf Jo 6,69). 
Trata-se de uma escolha: ou ficamos com a certeza que vem de Cristo, ou confiamos em nossas limitadas certezas, que não levam longe...
Em outra ocasião, os discípulos viram que sua fé era pouca e pediram a Jesus: “Senhor, aumentai a nossa fé!” (Lc 17,5). Sempre existiram crises de fé, que levaram até a duvidar, ou a abandonar a fé e a afastar-se da Igreja, comunidade de fé. Muitas vezes, essas crises acontecem porque a fé não é cultivada, nem robustecida; não se ama, nem se aprecia o que não se conhece. Por isso, como os discípulos, também nós pedimos: “Senhor, aumentai a nossa fé!”
O Ano da Fé se apresenta como uma “hora de Deus” para a Igreja e todos os católicos. Durante este ano, teremos muitas ocasiões para renovar e aprofundar a nossa fé, para celebrar com grande intensidade os “Mistérios da Fé”, na Liturgia, e para manifestar e testemunhar publicamente nossa fé.
Desejo, pois, apresentar as principais indicações para viver com proveito o Ano da Fé em nossa Arquidiocese. Muitas dessas indicações foram propostas pela própria Santa Sé, para que sejam realizadas em todo o mundo, de acordo com as circunstâncias de cada lugar.

São objetivos para a vivência do Ano da Fé:
 a) renovar a profissão da fé, de maneira pessoal e comunitária;
 b) aprofundar o conhecimento das verdades da fé;
 c) difundir, estudar e conhecer melhor o Catecismo da Igreja
Católica e/ou o Compêndio do Catecismo; 
d) pedir perdão a Deus pelas infidelidades contra a fé; 
e) despertar nos fiéis um novo apreço pela fé católica, a alegria de crer e o desejo de testemunhar e transmitir a fé aos outros.

Algumas das iniciativas do Ano da Fé serão de âmbito arquidiocesano; para essas, convidamos a inteira comunidade arquidiocesana a participar; outras serão de âmbito regional, envolvendo as paróquias e demais organizações eclesiais e pastorais das Regiões Episcopais; e outras, enfim, serão de âmbito paroquial e local; estas serão a maioria e sua organização dependerá das próprias paróquias e das organizações e grupos eclesiais ali existentes.
Conto, portanto, com a boa vontade, o interesse e o dinamismo dos Padres, Diáconos, Religiosos e lideranças dos Leigos para a promoção de iniciativas que ajudem a alcançar os melhores frutos do Ano da Fé.

11.1. Ações destacadas durante o Ano da Fé

No Ano da Fé, teremos alguns momentos mais destacados para valorizar nossa fé católica, quer no conjunto das verdades professadas no Creio, quer nalgum Mistério da Fé, em particular.

• 04/11/2012, Domingo de Todos os Santos, abertura do Ano da Fé na Arquidiocese.
A abertura solene, na Arquidiocese, será feita pelo Arcebispo, na Catedral Metropolitana e, pelos Bispos Auxiliares, em uma igreja de referência de cada Região Episcopal. No mesmo domingo, também se fará em cada paróquia, a abertura solene do Ano da Fé;
• 25/01/2013, celebração solene na Catedral Metropolitana e em todas as igrejas da Arquidiocese da festa do apóstolo São Paulo, mestre e testemunha da fé, Patrono da Arquidiocese de São Paulo;
a celebração será precedida de um Tríduo em todas as paróquias
e comunidades da Arquidiocese;.
• 05/05/2013, peregrinação arquidiocesana anual para o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, para renovar nossa fé; participação especial dos jovens;
• 19/05/2013, Pentecostes dos jovens crismandos e já crismados, para a profissão da fé;
• 30/05/2013, Solenidade de Corpus Christi, com especial manifestação da nossa fé no Mistério Eucarístico. Pela manhã, procissão arquidiocesana no centro; à tarde, celebração nas paróquias;
• 16-20/07/2013, Semana Missionária da Juventude em São Paulo;
• 23-28/07/2013, participação dos jovens na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, com a presença do Papa;
Peregrinações do povo de cada Região Episcopal para a Catedral da Sé, para renovar a fé junto com o Arcebispo, o respectivo Bispo Auxiliar e o clero; sempre ás 15h:
• 25/08/2013 – Região Episcopal Ipiranga
• 01/09/2013 – Região Episcopal Belém
• 15/09/2013 – Região Episcopal Lapa
• 22/09/2013 – Região Episcopal Santana
• 29/09/2013 – Região Episcopal Brasilândia
• 06/10/2013 – Região Episcopal Sé
• 03/08/2013, 09h30: peregrinação especial do clero (Padres e Diáconos) à Catedral Metropolitana, para a solene renovação da profissão de fé, na festa do Santo Cura de Ars;
• 17/08/2013, peregrinação dos religiosos/as e demais “consagrados” à Catedral Metropolitana para a renovação da profissão de fé;
• 24/11/2013, Domingo de Cristo Rei: solene encerramento do Ano da Fé.

11.2. A fé celebrada na Liturgia

Os grandes e belos Mistérios da Fé, que cremos, são celebrados na Liturgia; assim, expressamos a nossa resposta e adesão de fé na adoração, na contemplação, na ação de graças e no louvor. Por isso, cada momento do Ano Litúrgico é uma ocasião rica para tomar consciência da nossa fé naquele Mistério da fé especialmente enfocado na celebração: Advento e Natal, Quaresma, Páscoa e Pentecostes, as Solenidades e Festas relativas a Deus Pai, ao Espírito Santo e ao Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor; ou aquelas
relativas à Virgem Maria e aos Santos.
— Advento e Natal de 2012: a Novena de Natal tem como tema – Natal feliz é Natal com fé;
— Quaresma de 2013: celebrada com especial atenção para a conversão, o pedido de perdão pelas infidelidades a Deus e às Promessas do Batismo;
— Campanha da Fraternidade de 2013: com o tema voltado para a juventude, terá a preocupação especial da transmissão da fé às novas gerações;
— Páscoa de 2013: especial ocasião para a renovação da fé pascal e para a catequese sobre os Mistérios da nossa “fé pascal” no Redentor, o Senhor ressuscitado, vencedor do pecado e da morte;
— Festas dos Santos Padroeiros das Paróquias e Comunidades, dos santos Fundadores das Ordens, Congregações e Institutos de Vida Consagrada: apresentar os santos como testemunhas qualificadas da fé da Igreja;
— Em todas essas ocasiões, como também nas reuniões, encontros, cursos formativos e retiros espirituais, fazer a renovação da profissão de fé batismal, de maneira solene e pública, segundo a forma do Símbolo Niceno-Constantinopolitano, como pede a Santa Sé, ou na forma do Símbolo dos Apóstolos, não perdendo a ocasião para explicar algum aspecto da fé professada pela Igreja. A forma da renovação da fé está no final desta Carta Pastoral.

11.3. Ano da Fé e Catecismo da Igreja Católica

— Durante o Ano da fé, divulgar amplamente, para que as pessoas adquiram, a Sagrada Escritura, o Catecismo da Igreja Católica, o Compêndio do Catecismo, o Youcat (Catecismo Jovem) e o livrinho de cabeceira “Sou Católico, vivo a minha fé”, da CNBB;
— Aproveitar todas as ocasiões, ao longo do Ano da Fé, para uma abundante pregação sobre as verdades da nossa fé contidas no Creio em Deus Pai;
— Promover catequeses sistemáticas para os fiéis sobre a primeira parte do Catecismo da Igreja Católica (parágrafos 01 a 1065); essas catequeses também sejam feitas pelos Meios de Comunicação Social, a Internet e nas Redes Sociais; dar ocasião ao povo para esclarecer suas dúvidas de fé;
— Divulgar entre o povo as catequeses do Papa, em Roma, nas quartas--feiras;
— Promover visitas e peregrinações aos “lugares da fé”, como os Santuários, ou as igrejas relacionadas com a vida de algum santo, fora da Arquidiocese, ou na própria cidade de São Paulo (Santa Paulina, Santo Antônio de Santana Galvão, Beato Padre José de Anchieta e Pe. Mariano de la Mata);
— Promover entre os casais e as famílias uma renovada consciência sobre o seu dever de viver e testemunhar a fé, de a transmitir aos filhos e de introduzi-los na vida da Igreja;
— Mover a Comunidade paroquial, e as organizações eclesiais dentro dela, para que não falte a catequese de iniciação à vida cristã para nenhuma
criança e adolescente de família católica. Promover o ensino
religioso católico nas escolas católicas;
— Ao longo do Ano da Fé, promover retiros, cursos e reflexões sobre a
fé da Igreja, sempre em base ao Catecismo da Igreja Católica, para
jovens e adultos; promover em cada paróquia da Arquidiocese o dia
de adoração ao Santíssimo Sacramento;
— Formar mais catequistas e aprofundar a formação dos que já atuam na catequese; formar pregadores da fé católica;
— As Religiosas e Religiosos, os membros das Associações de Fiéis, Novas Comunidades e Movimentos eclesiais procurem comunicar com alegria e generosidade o dom da fé;
— Durante todo o Ano da Fé, dar abundantes oportunidades para que o povo possa confessar.
Alguns livros básicos deveriam estar presentes em todas as casas e
acompanhar a vida das famílias e pessoas no caminho de sua fé católica: a Bíblia; o Catecismo da Igreja Católica; o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (em forma de perguntas e respostas); Sou Católico, vivo a minha fé (da CNBB); o Youcat (Catecismo Jovem). Cada família também deveria ter algum manual ou livro de orações, para as orações diárias e as principais devoções católicas, que ajudam a cultivar e preservar a fé católica e a transmiti-la às novas gerações.
Alguns sinais identificadores da nossa fé católica deveriam merecer uma renovada atenção neste Ano da fé:

a) ter na sala de nossas casas, bem como nos quartos e nos ambientes de trabalho um crucifixo; 
b) em nossas casas, ter alguma imagem ou quadro de Nossa Senhora; 
c) fazer o sinal da cruz, antes de iniciar as atividades principais do dia e também rezar antes das refeições, sobretudo quando feitas em casa e em família;
d) ter consigo um sinal identificador da própria fé, como uma carteirinha de “identidade católica”, que as paróquias podem oferecer;
e) fazer a caridade aos pobres e, em geral, praticar as obras de misericórdia previstas em Mt 25.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MÊS DA BÍBLIA 2013


O lema: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que estava perdido” (Lc 15).
O Evangelho segundo Lucas sob o prisma do discipulado-missionário, conforme o enfoque do Projeto de Evangelização: O Brasil na missão Continental, é o tema do mês da Bíblia de 2013. O tema escolhido releva o Evangelho do Ano Litúrgico C, e os cinco aspectos fundamentais do processo do discipulado: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a missão propriamente dita. 
O lema indicado pela Comissão Bíblico-Catequética da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) é: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que estava perdido” (Lc 15). 

Quem é o autor?

Desde o século II a obra foi considerada de Lucas. Muitos comentaristas atribuem à profissão de médico (cf. Cl 4,14) e o identificam com o discípulo e colaborador de Paulo (cf. Fm 23ss, 2Tm 4,11). Porém, essa relação entre Paulo e Lucas, vem sendo questionada, visto que há muitas diferenças entre a Teologia de Paulo e de Lucas.
Baseado na falta de consenso dos estudiosos em determinar quem é o autor do terceiro evangelho, deduz-se pelo texto que o autor, provavelmente, é um cristão proveniente do paganismo e de origem grega.
O autor é influenciado pelo estilo dos historiadores (Lc 2,1-2) e dos poetas gregos; utiliza a tradução grega da Bíblia e conhece bem o Império Romano. 

Quando? Onde foi escrito? Com qual finalidade?

O Evangelho de Lucas provavelmente deve ter sido escrito entre os anos 80 a 90 e não há uma localização exata sobre onde foi escrito, mas a proposta apresentada pelos biblistas, seria entre as regiões da Grécia ou da Síria.
O evangelista dá prioridade aos cristãos provenientes do paganismo de cultura grega e aos judeus que moravam fora da Palestina (na diáspora).
No evangelho percebe-se que o redator final pertencia a uma comunidade mista cultural e economicamente e, passa por um período de crise. Portanto, o evangelho se dirige às comunidades que já receberam a primeira evangelização.
Diante da catástrofe que foi a guerra judaica (70 E.C.) e os conflitos internos e externos que transparecem no texto, provavelmente a finalidade do Evangelho segundo Lucas seria a de fortalecer a fé das comunidades e reforçar o seu papel na história da salvação e, assim, mantê-las corajosamente no seguimento a Jesus Cristo. 

Estrutura do Evangelho Segundo Lucas

Existem várias formas de estruturar o Evangelho Segundo Lucas. A nossa proposta é de subdividi-lo em seis partes. A primeira parte é o prólogo, no qual o autor explica os motivos que o levaram a escrever o Evangelho, apresenta o método utilizado e o dedica a Teófilo (1,1-4).
Lc 1,5-4,15 corresponde à segunda parte, na qual contém a narração, em paralelo, do nascimento e da infância de João Batista e de Jesus. Bem como, a apresentação, pregação e encarceramento de João Batista, e os acontecimentos que precedem o ministério público de Jesus (batismo, sua genealogia e as tentações – Lc 3,1-4,13).
O autor relata, na terceira parte (Lc 4,14-9,50), o início do Ministério de Jesus na Galileia, marcado pela rejeição em Nazaré, as atividades em Cafarnaum e no lago; controvérsias com os fariseus, ensinamentos, milagres, parábolas e questões referentes à sua identidade. Essa parte conclui-se com a transfiguração.
Na quarta parte, encontra-se o Relato da viagem de Jesus a Jerusalém e a sua pedagogia para com seus discípulos e discípulas, apresentando as exigências no seguimento e os pontos fundamentais do Reino de Deus (9,51-19,27).
Em Lc 19,28-21,38, quinta parte, o autor narra o ministério de Jesus em Jerusalém com a entrada e atividade na área do Templo e o discurso escatológico.
Na sexta parte do Evangelho Segundo Lucas (22,1-24,53) encontram-se os relatos da paixão, morte, sepultamento (22,1-23,56a), das aparições do ressuscitado (23,56b-24,35) junto ao túmulo vazio e no caminho de Emaús (24,13-35); e finaliza com a ascensão ao céu (24, 36-53). 

Linhas fundamentais da Teologia Lucana

Os pontos fundamentais da Teologia Lucana são os seguintes: Teologia da História, a Salvação, os títulos de Jesus Cristo, a importância de Jerusalém. Outras colunas fundamentais são: a ênfase na oração, o papel das mulheres no seguimento, a contraposição entre pobreza e riqueza, como uma das características da ética lucana e a presença forte do Espírito Santo.

Teologia da História

A teologia Lucana é marcada por uma ênfase na história da salvação, que é dividida em três períodos: 1) o tempo da preparação, ou período da promessa, que seria  a história de Israel (AT), representado pelas personagens Zacarias, Isabel e João Batista; 2) o tempo do cumprimento da promessa que é o tempo da vida de Jesus; e 3) o tempo do anúncio, da Igreja, retratado no Livro dos Atos dos Apóstolos.
Uma peculiaridade na concepção histórico-salvífica de Lucas, é sua abertura universal. Portanto, a salvação atinge todo o tempo e todas as pessoas, a humanidade (cf. Lc 2,30-32; 3,6; 9,52-53; 10,33; 17,16). Com isso, nos aponta para outro ponto fundamental que é o tema da Salvação. 

Salvação

Não podemos compreender a salvação como um “ir para o céu” após a nossa morte, mas a salvação acontece na história. Para a Teologia Lucana, salvação e libertação são termos equivalentes. Com isso, podemos dizer que a salvação contempla a totalidade da pessoa, em suas múltiplas relações, ou seja, é o restabelecer a justa relação com Deus, com os outros, consigo mesmo e com todo o Universo. Nesse sentido, Jesus é o nosso “Salvador” (Lc 2,11; cf. At 5,31; 13,23), pois é ele que nos mostra, com a sua encarnação, o sentido profundo da humanização das relações. 

Jesus Cristo

Jesus Cristo, na Teologia Lucana, é apresentado como compassivo-misericordioso (cf. Lc 7,13; 10,33; 15,20) e como um profeta eleito por Deus, para levar a Boa Nova aos pobres (Lc 4,16-30; 7,36-50; 13,32-34). Ele também é o lugar por excelência da revelação de Deus (Lc 1,42). 
O título de Senhor está vinculado ao seu ministério público e é apresentado como o Messias enviado por Deus, para salvar o seu povo (Lc 1,47; 2,11.30-32).
Jesus, em Lucas, é caracterizado pelo acolhimento dos samaritanos, publicanos (Lc 5,27: Levi e Lc 19,2-10: Zaqueu), dos pecadores (Lc 7,36-50; Lc 15,11-32); da viúva (Lc 7,11-17), enfim dos marginalizados e excluídos da sociedade.

Cidade de Jerusalém

 Lucas dá à cidade de “Jerusalém” um grande destaque, pois é o único que começa e termina em Jerusalém (1,5-23; 24,53). Jesus também participa das festas no templo, em Jerusalém (2,22.42), e metade do evangelho narra a sua viagem e estadia nessa cidade (9,50-21,38). Portanto, Jerusalém é o ponto de chegada de Jesus para realizar a obra (Lc 17,11; Lc 19,28-38) e o ponto de partida para as comunidades que, após a ressurreição, continuarão a sua missão (Lc 24,52).

Oração

 A dimensão orante, em Lucas, está presente em toda a vida de Jesus, sobretudo, nos momentos mais importantes (Lc 1,10-11.13; 3,21; 5,16.33; 6,12; 9,18.28; 11,1.2-8; 18,9-14; 22,32.41; 23,46).
O autor não somente nos informa que Jesus reza, mas nos apresenta o conteúdo da sua oração (Lc 10,21-24; 22,42; 23,46), frisa o pedido dos discípulos (Lc 11,1) para ensiná-los a rezar e enfatiza a eficácia de ser perseverante na oração (Lc 18,1-8; 19,6-8; 21,36).

A ética Lucana

Outro ponto é a contraposição entre pobreza e riqueza, que é um dos aspectos centrais do seu programa ético. Diante dessa implicação ética da fé, Lucas reforça a dimensão do despojamento, como uma das principais exigências do seguimento a Jesus (Lc 5,11; 6,29-36; 9,58; 12,33-34; 14,33; 18,22.25; 21,1-4) e sinal concreto de conversão. Consequentemente, sublinha a confiança incondicional na providência divina (12,29-30).
Em Lucas o termo “pobre” não é visto somente na perspectiva sócio-econômica, mas compreende também os presos, os oprimidos (Lc 4,18), os desolados, os aborrecidos e difamados, os perseguidos (Lc 6,20-22) e inclusive os mortos (Lc 7,22).

O Papel das mulheres

As mulheres têm uma presença e uma participação marcante no Evangelho Segundo Lucas. Desde o início, Lucas apresenta a estéril Isabel, recordando a história das matriarcas e nos aponta para a dimensão teológica, como aquela pessoa que está totalmente disponível ao dom de Deus e reforça a intervenção extraordinária do poder de Deus no útero feminino, lugar privilegiado da ação divina.
No útero dessa história, surge Maria, aquela que se dispõe a participar da história da salvação. É nela que começa a se manifestar o mistério do Deus encarnado.
Ela é o modelo do discípulo/ da discípula, pois acolhe Jesus, está presente no seu ministério (4,16-30), participa da sua dor e da sua rejeição durante a sua missão.
Além disso, Lucas apresenta outras mulheres, que seguem Jesus desde a Galileia (Lc 8,1-3), estão presentes na sua morte e são as primeiras testemunhas da Ressurreição (Lc 22,27 e 23,50-56). Também são narradas várias curas e encontros significativos, nos quais as mulheres são protagonistas. 

Espírito Santo e a Alegria

Lucas é o evangelista que dá maior importância à figura do Espírito Santo e a necessidade de uma abertura à sua ação. O Evangelho inicia apresentando a ação do Espírito, no nascimento de João Batista (Lc 1,15) e na encarnação de Jesus (1,41). Está presente em momentos significativos do ministério público de Jesus (3,22; 4,1.14.18; 11,13) e é Ele que revela a presença de Deus na história (2,26). 
O último ponto é o tema da alegria. O autor reforça a certeza de que a verdadeira alegria nasce do seguimento de Jesus, do agir misericordioso, do desprendimento constante, do se deixar guiar pelo Espírito, da experiência profunda de que Jesus Cristo morto e ressuscitado é a Boa-Nova para toda a humanidade. 
FONTE:  site Portal Paulinas

2ª Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo Ano da fé 2012-2013 - Parte X


Estamos no Ano da Fé que está sendo contemplado com reflexão baseados em 12 textos da Bíblia os quais publicaremos durante as semanas seguintes, iniciando com um trecho da Carta de apresentação do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.
Que possam desfrutar desses momentos para que permaneçam firmes da fé não importando por qual situação estejam passando e possamos juntos dizer:
Senhor aumentai a nossa Fé! 






"...O Ano da Fé é, pois, um “tempo favorável” para renovar o conhecimento e apreço pela fé que recebemos, e para a professarmos com firmeza e alegria. Desejo, com esta Carta Pastoral, oferecer a todos os filhos e filhas da amada Arquidiocese de São Paulo uma reflexão motivadora e, ao mesmo tempo, as necessárias orientações para a vivência do Ano da Fé em nossa Comunidade Eclesial Metropolitana, colocada sob o patrocínio do Apóstolo São Paulo, grande missionário, mestre e testemunha da fé!"


10. “E as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (cf Mt 16,19)


A Igreja é a Comunidade dos Batizados, que acolheu o Evangelho de Cristo e respondeu -“creio” – manifestando sua adesão a Deus, por meio de Jesus Cristo, no dom do Espírito Santo. Jesus Cristo quis a Igreja; reuniu discípulos em torno de si, preparou-os e os enviou ao mundo, com a ordem de anunciarem o Evangelho e de serem suas testemunhas entre os homens (cf At 1,8).
Jesus prometeu aos discípulos que estaria sempre com eles, até o fim dos tempos; e enviou-lhes o Espírito Santo para os assistir e fortalecer na sua missão. Os apóstolos obedeceram à determinação de Jesus e fizeram como Ele lhes mandou. 
Depois deles, seus sucessores continuaram a fazer o mesmo e, assim, de geração em geração, continuam a fazer até hoje. Deste modo, os cristãos são amparados e conduzidos com segurança e permanecem fiéis ao Evangelho de Cristo, sem se desviarem do caminho.
Nossa fé não é apenas um ato individual e privado; ela também é adesão àquilo que a Igreja inteira, unida ao Papa e aos Bispos, sucessores dos apóstolos, crê e professa. Desde os primeiros tempos do Cristianismo, houve o risco de desvios na fé recebida dos apóstolos; o próprio São Paulo alerta, em diversas passagens, contra os falsos mestres e pregadores, que desviavam os fiéis da verdadeira fé: “Mesmo que nós, ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excluído” da comunidade (cf Gl 1,8-9).
A Igreja, fiel ao seu divino Mestre e Fundador, não adapta sua pregação ao gosto dos ouvintes, só para os agradar; ela precisa permanecer na verdade do Evangelho e nela perseverar, mesmo nas dificuldades e perseguições.
Jesus prometeu sua assistência a Pedro, quando lhe entregou o “poder das chaves”, afirmando que “as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja” (cf. Mt 16,18), fundada sobre a rocha inabalável, que lhe serve de fundamento: essa rocha é o próprio Cristo, “pedra angular da Igreja”, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus (cf Ef 2,20).
É por isso que, mesmo em meio às crises e críticas, nunca devemos perder a confiança na nossa Igreja Católica; é verdade que ela precisa converter-se e purificar-se constantemente, para ser santa e fiel ao seu Senhor; mas tenhamos a certeza de que Jesus Cristo nunca vai abandonar sua Igreja; quem permanece unido à Igreja, permanece unido a Cristo. Por isso mesmo, ninguém deve desprezá-la ou abandoná-la. O que nos dá segurança, é que não estamos sozinhos na nossa fé: cremos com toda a Igreja, comunidade de fé; e cremos como a Igreja crê. Isso nos faz pensar que cremos com a Virgem Maria e São José, os apóstolos, os mártires e santos de todos os tempos... Cremos com Santo Agostinho, com São Francisco e Santa Clara, São Tomás e São Domingos, Santo Inácio de Loyola e Santa Teresa, com São Vicente de Paulo e São João Bosco, só para citar alguns. E cremos com os Beatos João 23 e João Paulo 2º. 
Não estamos sozinhos em nossa fé!