quinta-feira, 31 de outubro de 2013

REPORTAGEM DO JORNAL O SÃO PAULO - MÊS DAS MISSÕES


Fraternidade de Emaús: 13anos em missão popular


Daniel Gomes
Redação

Espalhados em três paróquias da Região Episcopal Brasilândia – São Luis Maria Grignion Montfort, Santa Terezinha e Nossa Senhora Aparecida, da Vila Souza, – os 20 integrantes da Fraternidade Missionária de Emaús (FME) levam adiante as atividades dessa missão popular surgida em outubro de 2000, “como resposta concreta à realidade do povo, sendo presença da Igreja Católica na periferia junto aos empobrecidos e aos jovens e aos migrantes”, como explicou, ao O SÃO PAULO, padre Valdiran Ferreira dos Santos, fundador e responsável pela Fraternidade.

“Todos os membros da Fraternidade são engajados em pastorais, Catequese, coordenações e ministérios nas comunidades. Há um grupo que acompanha o povo em situação de rua, no bairro da Cachoeirinha e na Pastoral de Rua, também participamos de missões no norte e sul de Minas Gerais e no Nordeste do País e acompanhamos jovens e adolescentes em situação de risco, encaminhando alguns dependentes químicos para tratamento”, explicou o Padre.

Participante da FME há seis anos, Ernandes Teones, 46, coordena o grupo Bom Samaritano, que atua junto à população em situação de rua, com iniciativas de evangelização e de conscientização sobre os direitos que possuem.

“Quando vi nos estatutos da Fraternidade que o carisma era acolher o jovem, o pobre e o migrante, isso me chamou
a atenção. Esse carisma é minha vida, ir à busca daqueles
que são mais pobres.”

De acordo com Ernandes, os que acompanham pela primeira vez as visitas da FME nas ruas se surpreendem com a forma carinhosa e respeitosa com que são recebidos. “O papa Francisco vem citando que temos que ir ao encontro de quem necessita”, complementou.

Ciente do estímulo à cultura do encontro propagada pelo Papa, Maria Helena Freire, 52, participante da Fraternidade desde outubro de 2010, ressaltou que viver em missão “é sair e levar esperança ao povo” e “não ficar
nas quatro paredes”.

Para o padre Valdiran, a Fraternidade tem atendido ao apelo da cultura do encontro “respondendo uma das características do nosso carisma, que é a acolhida”, disse, complementando que há atenção à formação dos leigos, “preparando-os para as missões em paróquias e comunidades. Organizamos visitas missionárias, encontros
específicos com crianças, jovens, com homens,com mulheres e com casais e momentos de místicas ou celebração eucarística após as visitas”.

Os trabalhos da FME podem ser conhecidos no blog http://fraternidademissionariaemaus.blogspot.com.br.