domingo, 7 de abril de 2013

FORMAÇÃO - EMAÚS


Emaús: a caminhada da vida junto ao mestre e os caminhantes

Texto bíblico: Lc. (24:13 – 35) "Eis que dois deles viajavam nesse mesmo dia para um povoado chamado Emaús[1], a sessenta estádios de Jerusalém". A aldeia de Emaús, de acordo com as melhores provas textuais, situava-se a 11 km de Jerusalém (60 estádios - Lc 24:13). 

Para falar um pouco do caminho de Emaús, de Jesus e os dois discípulos é necessário fazer algumas perguntas básicas. 
Alguma vez você já teve um lindo sonho e de repente tudo acabou? Jesus apareceu de alguma maneira pra você? E você conseguiu desabafar, contou tudo a ele? Continuou caminhando na estrada de Emaús ou ficou parado (a)? Como você ficou? 
Compreendeu que seu ponto fraco é não conhecer, não ler, não meditar as Sagradas Escrituras? 
Você está disposto (a) a começar a ler, meditar um pouco a cada dia na palavra de Deus? O que aconteceu depois desse encontro? Você compreendeu que não pode mais viver sem ele? Agora você tem convidado Jesus constantemente para ficar com você? Sentiu que a paz dele é muito diferente daquela paz que o mundo dá? E agora caminhando para Emaús juntamente com Jesus sentiu o coração arder com suas palavras? Sua vida mudou? Ou está mudando? Você já fez como os discípulos no caminho de Emaús dizendo:
“Permanece conosco, pois cai à tarde e o dia já declina”. (Lc 24:29). Entrou então para ficar com eles. 

O relato evangélico que a bíblia descreve sobre o encontro de Jesus com os discípulos no caminho de Jerusalém para Emaús revela o itinerário da fé, alicerçada na palavra de Deus. A estrada de Emaús, na qual caminhavam os dois discípulos de Jesus, nada mais é do que a estrada da vida de cada um de nós, com tudo o que nela acontece. É neste caminho que aprendemos a lidar com a vida e ter um encontro com Jesus. 

Certamente, que cada um de nós já teve lindos sonhos. No entanto, se esses sonhos não foram realizados, não devemos ficar como aqueles dois discípulos, “tristes e abatidos”. Todavia, não conseguimos pensar e falar de outra coisa senão de sonhos que na verdade não acabou. 

Aqui a vida é partilhada com uma proposta de mudança de vida, quando o sonho acaba surge o desanimo que gera em nós, tristeza, vindo a abalar e comprometer a nossa fé e esperança. Todavia, é nessas horas de conflitos que Jesus surge bem de mansinho em nossas vidas e nos diz: “vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mt 11:28 – 30). Assim, diante do sofrimento, da perda de fé, Jesus aparece e faz de conta que não sabe o motivo de nossa tristeza e nos indaga: o que foi? (Lc 24:19). 

Diante das lutas e dificuldades, palavras de confortos ajudam a fortalecer nossa fé surgem importantes etapas a considerar, tais como:

a) Desabafo - Nesse exato momento, as comportas do nosso coração se abrem e “a boca fala daquilo que o coração está cheio”. (Mt 12:34).

b) Repreensão e o Processo de Cura - Diante da dor o seu processo de cura vem com uma repreensão de Jesus. “como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram”. (Lc 24:25).

c) O Ponto Fraco Nosso e dos Discípulos – Meditação do fato de que não lemos a bíblia, com entusiasmo, apenas nos contentamos com uma leitura superficial da Palavra, nos cultos diários. Mas, o que vem a ser realmente o entusiasmo? Sua origem é grega significando “cheios de Deus”. É um processo para que o coração fique ardendo, aquecido e pegando fogo. Portanto, tudo vai mudar em nossas vidas se vivermos com o coração vivificado e olhos aberto, veremos a gloria de Deus.

d) A Ceia Do Mestre - O interessante que os discípulos lhe perguntaram sobre onde queria celebrar a ceia, Jesus não escolheu o majestoso templo de Jerusalém, com toda sua formosura e gloria, nem tão pouco uma pomposa sinagoga com todas as cerimônias religiosas e honrarias. Contrário, Jesus escolhe uma casa simples, uma sala modesta para a realização da ceia. Lucas (24: 30) Narra que a “ceia do ressuscitado, contava apenas com Jesus e os dois discípulos”. Em certa altura, os “discípulos fazem um convite para Jesus dizendo: – “Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já declina.Lucas 24: 29”, Então, o Senhor entrou para ficar com eles. “Sentou-se à mesa, tomou o pão, pronunciou a benção, partiu-o e deu a eles”. Naquele momento, algo maravilhoso aconteceu, os olhos deles se abriram: eles reconheceram O mestre! Contudo, “Ele, porém, desapareceu da vista deles” (Lc 24:31). No entanto, perguntamos por que Ele desapareceu? 

Vale ressaltar que: quem encontra O mestre e vive uma intensa experiência, jamais o esquece! Ele se torna uma presença vivencial constante em nossas vidas. Assim, a presença física já não é mais necessária. Aqueles homens depositaram em Jesus Cristo toda confiança, esperança, que tinham Nele e a realização de seus sonhos. O entusiasmo foi sufocado por verem seu Mestre, sofrendo e morrendo na cruz, viram seus sonhos desabarem, acabou a esperança, a alegria deu lugar a um vazio, uma angustia depressão tamanha que não havia palavras que pudessem consolá-los.

e) Fogo - Portanto, o diálogo pelo o caminho fez com que seus corações ficassem em fogo. Na verdade, esse é o “fogo ardente” no qual falou o profeta Jeremias: “Parecia haver um fogo a queimar-me por dentro, fechado nos meus ossos” (Jr. 20:9). O dialogo com Jesus faz com que o coração fique em chama, abrindo os nossos olhos mostrando o caminho a ser seguido. Essa experiência é que precisamos Vivenciar em nossas vidas: a oração que arde, olhos que vêm! Desta forma, aprendemos a cada dia enxergar devidamente o Nosso Mestre. Jesus.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Importante recordar que em nossa existência tudo acaba por sofrer modificações, caso tomemos a decisão de, vivermos com o coração ardendo, aquecido, com os olhos abertos. Sem esquecer que o mundo também mudará. 

Com Jesus aprendemos com os dois discípulos de Emaús! A estrada deles representa também a nossa estrada, do nosso dia a dia na qual Nosso Mestre sempre está presente: “Ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 20: 20). 
Que Deus na sua infinita misericórdia continue nos abençoando. Amém!

 Por. Pe. Valdiran dos Santos

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