domingo, 17 de junho de 2012

OS LIVROS DEUTEROCANÔNICOS - FORMAÇÃO PARTE III

Por: Pe. Valdiran dos Santos


(...continuação)
Deuterocanônicos do Novo Testamento
 Houve livros e trechos do Novo Testamento considerados deuterocanônicos pelos católicos e apócrifos pelos protestantes, os livros de Tiago, Hebreus, Apocalipse, 2 Pedro e 2 e 3 João, assim como trechos dos Evangelhos.
            Lutero chegou até mesmo não considerar de forma nenhuma canônicos Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse, que na sua tradução da Bíblia para o Alemão deixou-os num apêndice sem numeração de páginas, e assim o mesmo com os deuterocanônicos do AT. Depois os demais reformadores decidiram que estes livros até então chamados de apócrifos do Novo Testamento deveriam voltar à Bíblia, durante o século XX.

Os deuterocanônicos e a Igreja da Idade Média e Moderna
            No início do séc. XV, um grupo dissidente da Igreja Copta (também chamados de Monofisistas), conhecidos como Jacobitas questionaram o Cânon Alexandrino entre outras coisas. Em 1441, O Concílio Ecumênico de Florença, através da Bula Cantate Domino (4/2/1442) reafirma o caráter canônico do Cânon Alexandrino.  Com a Reforma Protestante, Lutero volta a questionar o caráter canônico dos Deuterocanônicos. Em 1545, é convocado o Concílio de Trento, que novamente reafirma os antigos concílios, e mantém caráter canônico do Cânon Alexandrino do século III a.C.

No início não houve consenso entre os Protestantes sobre o Cânon do AT e do NT. O Rei Jaime I da Inglaterra, responsável pela famosa tradução KJV (King James Version), defendia que os Deuterocanônicos, bem como os protestantes da Inglaterra também concordavam, deveriam continuar constando nas Bíblias Protestantes e por muito tempo os Deuterocanônicos foram aceitos como inspirados (por mais de três séculos) até o inicio do século XX.

Os deuterocanônicos e a Igreja da Idade Contemporânea
            Muitos cristãos protestantes têm denominado esses livros como "apócrifos" por alegarem que neles existam incoerências e falta de concretização de fatos narrados nesses livros, chegando a abdicarem da utilização dos mesmos nas suas listas, não os considerando divinamente inspirados.  Outro argumento apontado é de que foram escritos no período intertestamentário (período de 400 anos compreendidos entre o Novo e o Velho testamento), ou seja em um período que segundo os teólogos reformadores Deus não teria levantado nenhum profeta (também conhecido como "silêncio profético").

Deuterocanônicos nas primeiras bíblias cristãs
 Como a história já registra,[carece de fontes] os deuterocanônicos já faziam parte da vida dos judeus através da tradução grega chamada Septuaginta ou Tradução dos Setenta (LXX). Na primeira tradução da Bíblia para o Latim, conhecida como Vetus Latina já continha os deuterocanônicos do AT. A Vulgata, tradução empreendia por São Jerônimo no séc. IV também continha os deuterocanônicos do AT. Mais tarde, a primeira Bíblia impressa da história, conhecida como a Bíblia de Gutenberg (ver Projeto Gutenberg) também já continha os livros deuterocanônicos do AT. Também nas versões protestantes como a KJV (King James Version) e Reina-Valera inicialmente também estavam incluidos os deuterocanônicos do AT.[carece de fontes]

Bibliografia
 BITTENCOURT, Benedito P. O Novo Testamento – Cânon – Língua – Texto. São Paulo: Aste, 1965.
 LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados. São José dos Campos-SP: Editora COMDEUS, 2007.
 PASQUERO, Fedele. O Mundo da Bíblia, Autores Vários. São Paulo: Paulinas, 1986.
 ROST, Leonard. Introdução aos Livros Apócrifos e Pseudo-Epígrafos do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1980.
 SHELLEY, Bruce L. História do Cristianismo ao alcance de todos: uma narrativa do desenvolvimento da Igreja Cristã através dos séculos. São Paulo: Shedd, 2004.

Fonte: wikipédia, acesso em 22 de maio de 2012

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