terça-feira, 29 de maio de 2012

OS LIVROS DEUTEROCANÔNICOS DA BÍBLIA - FORMAÇÃO PARTE I


Por: Pe. Valdiran dos Santos

Deuterocanônico refere-se a alguns livros e partes de livros bíblicos do Antigo Testamento e do Novo Testamento que foram utilizados por um grande número de cristãos ao longo da História do Cristianismo, sendo considerados apócrifos no Judaísmo e pelos sucessores da reforma durante o século XX, iniciada por Lutero e Calvino no século XVI.

Índice
  [esconder]  1 Etimologia,  2 Utilização teológica, 3 Lista dos livros deuterocanônicos do Antigo testamento e Novo testamento, 4 Os deuterocanônicos e a Igreja Antiga, 5 Origem dos deuterocanônicos do Antigo Testamento, 6 Deuterocanônicos do Novo Testamento, 7 Os deuterocanônicos e a Igreja da Idade Média e Moderna, 8 Os deuterocanônicos e a Igreja da Idade Contemporânea, 9 Deuterocanônicos nas primeiras bíblias cristãs, 10 Bibliografia
 
            O termo "deuterocanônico" é formado pela raiz grega deutero (segundo) e canônico (que faz parte do Cânon, isto é do conjunto de livros considerados inspirados por Deus e normativos por uma religião ou igreja). Assim, o termo é aplicado a livros e partes de livros bíblicos que só num segundo tempo foram considerados como canônicos.

[editar] Utilização teológica
            O adjetivo "deuterocanônico" é originalmente aplicado a estes textos pelos cristãos, por considerarem ao longo da História do Cristianismo como inspirados e fazendo parte integrante da Bíblia. Sendo também a terminologia teológica correta aplicada a esse conjunto de livros. Além da Igreja Católica Apostólica Romana, outras igrejas utilizam-se dos livros deuterocanónicos em suas Bíblias. O fato de não serem considerarados inspirados por alguns não caracteriza o descarte ou na desvalorização desses livros. Esses livros são considerados patrimônios históricos da fé, pois refletem e fizeram parte das crenças cristãs ao longo da História, sendo portanto de grande valor literário e religioso. Martinho Lutero, reconhecendo a importância dos mesmos para a formação cristã, incluiu na sua tradução da Bíblia para o alemão estes livros em apêndice.[1]

O assunto da autenticidade e do valor teológico desses livros foi tratado nos seguintes concílios:

 360dC. - Concílio de Laodiceia, regional - Inclui o cânon hebraico de 22 livros, acrescidos pelo o Livro de Baruc. Quanto ao NT lista os 26 que conhecemos e omite Apocalipse.[carece de fontes]
 382dC. - Concílio de Roma, regional - AT com os 7 deuterocanônicos e NT com apocalipse.[carece de fontes]
  
Este concílio teve quase os mesmos que participaram do 1º concílio de Constantinopla. 150 bispos participaram.[carece de fontes]
 393dC. - Hipona I, regional - do mesmo modo do anterior.[carece de fontes]
 397dC. - Cartago III, regional - do mesmo modo dos 2 anteriores.[carece de fontes]
 417dC. - Cartago IV, regional - do mesmo modo dos 3 anteriores.[carece de fontes]
 787dC. - Segundo Concílio de Niceia, Ecumênico - implicitamente confirma o cânon dos 4 concílios anteriores. Participaram 350 pessoas, 308 bispos ou seus representantes.[carece de fontes]
 1442dC. - Concílio de Florença, Ecumênico - Reafirma explicitamente o cânon de 46 livros no AT. No final chegou a ter 117 católicos e 31 ortodoxos.[carece de fontes]
 1545-1563dC. - Concílio de Trento, Ecumênico - Reafirma explicitamente o cânon de 46 livros no at e fere de anátema quem os rejeitar.
            "O Sínodo... recebe e venera todos os livros, tanto do Antigo como do Novo Testamento... assim como as tradições orais." [...]"Se qualquer pessoa não aceitar como sagrado e canônico os livros mencionados em todas as suas partes, do modo como eles têm sido lidos nas igrejas católicas, e como se encontram na antiga Vulgata latina, e deliberadamente rejeitar as tradições antes mencionadas, seja anátema."[carece de fontes]
 1870dC. - Concílio Vaticano I, Ecumênico - Reafirma.[carece de fontes]
 1965dC. - Concílio Vaticano II, Ecumênico - Reafirma.[carece de fontes]

(continua...)

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