Por: Pe. Valdiran dos Santos
Deuterocanônico refere-se a alguns
livros e partes de livros bíblicos do Antigo Testamento e do Novo Testamento
que foram utilizados por um grande número de cristãos ao longo da História do
Cristianismo, sendo considerados apócrifos no Judaísmo e pelos sucessores da
reforma durante o século XX, iniciada por Lutero e Calvino no século XVI.
Índice
[esconder] 1 Etimologia, 2 Utilização teológica, 3 Lista dos livros
deuterocanônicos do Antigo testamento e Novo testamento, 4 Os deuterocanônicos
e a Igreja Antiga, 5 Origem dos deuterocanônicos do Antigo Testamento, 6
Deuterocanônicos do Novo Testamento, 7 Os deuterocanônicos e a Igreja da Idade
Média e Moderna, 8 Os deuterocanônicos e a Igreja da Idade Contemporânea, 9
Deuterocanônicos nas primeiras bíblias cristãs, 10 Bibliografia
O
termo "deuterocanônico" é formado pela raiz grega deutero (segundo) e
canônico (que faz parte do Cânon, isto é do conjunto de livros considerados
inspirados por Deus e normativos por uma religião ou igreja). Assim, o termo é
aplicado a livros e partes de livros bíblicos que só num segundo tempo foram
considerados como canônicos.
[editar] Utilização teológica
O
adjetivo "deuterocanônico" é originalmente aplicado a estes textos
pelos cristãos, por considerarem ao longo da História do Cristianismo como
inspirados e fazendo parte integrante da Bíblia. Sendo também a terminologia
teológica correta aplicada a esse conjunto de livros. Além da Igreja Católica
Apostólica Romana, outras igrejas utilizam-se dos livros deuterocanónicos em
suas Bíblias. O fato de não serem considerarados inspirados por alguns não
caracteriza o descarte ou na desvalorização desses livros. Esses livros são
considerados patrimônios históricos da fé, pois refletem e fizeram parte das
crenças cristãs ao longo da História, sendo portanto de grande valor literário
e religioso. Martinho Lutero, reconhecendo a importância dos mesmos para a
formação cristã, incluiu na sua tradução da Bíblia para o alemão estes livros
em apêndice.[1]
O assunto da autenticidade e do valor teológico desses
livros foi tratado nos seguintes concílios:
360dC. - Concílio de Laodiceia,
regional - Inclui o cânon hebraico de 22 livros, acrescidos pelo o Livro de
Baruc. Quanto ao NT lista os 26 que conhecemos e omite Apocalipse.[carece de
fontes]
382dC. - Concílio de Roma,
regional - AT com os 7 deuterocanônicos e NT com apocalipse.[carece de fontes]
Este concílio teve quase os mesmos que participaram do 1º concílio de
Constantinopla. 150 bispos participaram.[carece de fontes]
393dC. - Hipona I, regional - do
mesmo modo do anterior.[carece de fontes]
397dC. - Cartago III, regional -
do mesmo modo dos 2 anteriores.[carece de fontes]
417dC. - Cartago IV, regional -
do mesmo modo dos 3 anteriores.[carece de fontes]
787dC. - Segundo Concílio de
Niceia, Ecumênico - implicitamente confirma o cânon dos 4 concílios anteriores.
Participaram 350 pessoas, 308 bispos ou seus representantes.[carece de fontes]
1442dC. - Concílio de Florença,
Ecumênico - Reafirma explicitamente o cânon de 46 livros no AT. No final chegou
a ter 117 católicos e 31 ortodoxos.[carece de fontes]
1545-1563dC. - Concílio de
Trento, Ecumênico - Reafirma explicitamente o cânon de 46 livros no at e fere
de anátema quem os rejeitar.
"O
Sínodo... recebe e venera todos os livros, tanto do Antigo como do Novo
Testamento... assim como as tradições orais." [...]"Se qualquer
pessoa não aceitar como sagrado e canônico os livros mencionados em todas as
suas partes, do modo como eles têm sido lidos nas igrejas católicas, e como se
encontram na antiga Vulgata latina, e deliberadamente rejeitar as tradições
antes mencionadas, seja anátema."[carece de fontes]
1870dC. - Concílio Vaticano I,
Ecumênico - Reafirma.[carece de fontes]
1965dC. - Concílio Vaticano II,
Ecumênico - Reafirma.[carece de fontes]
(continua...)
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