Caríssimos irmãos
e irmãs,
Graça e Paz!
A Comemoração de todos os fiéis
defuntos e a Solenidade de todos os Santos e Santas de Deus, que
ocorrem no início do mês de novembro nos dão a oportunidade de
refletir sobre a realidade da morte e a ressurreição!
O
Catecismo da Igreja Católica (CIC) afirma: “A morte é o fim da
peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de
misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a vida terrestre
segundo o projeto divino e para decidir seu destino último. Quanto
tiver terminado o “único curso de nossa vida terrestre” (LG 48),
não voltaremos mais a outras vidas terrestres. “Os homens devem
morrer uma só vez” (Hb 9,27). Não existe “reencarnação”
depois da morte” (n. 1013).
A morte, portanto, lembra-nos a
nossa responsabilidade diante da nossa vida e dos nossos atos.
Podemos dizer que para morrer bem é preciso viver bem! A melhor
preparação para a morte, para nós, será dedicar-nos com
responsabilidade às nossas tarefas e realizarmos com generosidade
nossa vocação, amando a Deus e aos irmãos e às irmãs.
No
Cântico das Criaturas, São Francisco canta: “Louvado sejais, meu
Senhor, por nossa irmã, a morte corporal, da qual homem algum pode
escapar. Ai dos que morrerem em pecado mortal, felizes aqueles que
ela encontrar conforme a vossa santíssima vontade, pois a segunda
morte não lhes fará mal.” (CIC 1014)
Mas, se por um lado a
Comemoração de todos os fiéis defuntos nos fala da realidade certa
da morte, a Solenidade de todos os Santos e Santas de Deus nos remete
ao mistério da Ressurreição.
Os Santos e Santas alcançaram
a garantia da ressurreição, participando, portanto, desde já
daquela glória que Deus prepara para os que O amam. Eles nos
estimulam a percorrer os caminhos do mundo, vivendo as
bem-aventuranças (cf. Mt 5,1-12), tendo os olhos fixos na coroa da
glória que Deus reserva aos que são fiéis ao seu amor!
A
Solenidade de todos os Santos e Santas de Deus nos convida a
relembrar e reverenciar a memória não só daqueles irmãos e irmãs
nossos que foram elevados à glória dos altares, mas aqueles que
viveram a santidade e permanecem no anonimato. Assim, relembramos
aqueles nossos irmãos e irmãs, membros de nossas comunidades, que
conosco ouviram a Palavra de Deus, alimentaram-se da Eucaristia,
participaram de nossas assembleias e assumiram conosco o compromisso
de tornar este mundo mais justo e fraterno, e, que hoje terminada sua
peregrinação terrestre, estão na Jerusalém celeste!
Pensemos
de maneira especial nos muitos santos e santas: pais e mães de
família, leigos e leigas, jovens e anciãos, religiosos e
religiosas, padres e bispos que deixaram na Igreja a marca da sua
presença e do seu serviço! Como eles hoje somos nós chamados à
santidade!
Será importante considerar que um dos frutos do
Concílio Vaticano II, cujos 50 anos de sua abertura celebramos, é o
chamado universal à santidade e ao apostolado. O Concílio afirma:
“...todos os fiéis, seja qual for o seu estado ou classe, são
chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade”:
por esta santidade promove, também na sociedade terrena, um teor de
vida mais humano. Empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a
medida da dádiva de Cristo, para alcançar esta perfeição, a fim
de que, seguindo os seus exemplos, tornando-se conformes à sua
imagem e obedecendo em tudo a vontade do Pai, se dediquem à glória
de Deus e ao serviço do próximo. Assim a santidade do povo de Deus,
crescerá florescendo abundantes frutos, como o demonstra
brilhantemente, através da história da Igreja, a vida de tantos
santos.” (LG 40).
Dando início ao ANO DA FÉ, na
Arquidiocese de São Paulo, no próximo domingo, dia 4, em todas as
paróquias deverão destacar-se o testemunho de fé dos santos,
convidando os fiéis a viver intensamente a sua fé, alcançando cada
um e cada uma a santidade para qual somos todos chamados!
Para
esta celebração de abertura do ANO DA FÉ, deverá estar chegando
às paróquias e comunidades a 2ª Carta Pastoral de Dom Odilo, cujo
título é “Senhor, aumentai a nossa fé!”. Será importante
distribuir os seus exemplares à cada família da paróquia,
convidando a todos à leitura atenta da Carta e à sua meditação. E
na celebração do dia 4 de novembro, será importante utilizar a
Profissão da Fé que se encontra no final da Carta Pastoral, para
que toda a comunidade reunida professe publicamente a fé, tomando
consciência da importância deste gesto e da responsabilidade que
daí decorre!
Dando início ao ANO DA FÉ, na Região
Episcopal, convido um grupo que represente cada paróquia na
celebração que deverá ocorrer na Igreja Nossa Senhora das Dores,
Taipas, às 9h30 da manhã. Seria significativo que integrassem este
grupo, catequistas e ministros da Palavra! Desde já agradeço aos
que atenderem ao meu pedido!
Na Catedral da Sé, Dom Odilo
fará a abertura do ANO DA FÉ, com Solene Eucaristia, às 11h,
contando com a presença de movimentos, associações de fiéis e
novas comunidades! Todos, porém, sintam-se convidados a participar
desta celebração eucarística junto com o nosso Arcebispo!
A
todos meu abraço e minha bênção, e votos de que possamos avançar
na vivência da fé, neste ano que lhe será consagrado!
Em
Cristo Jesus e sua Mãe,
Dom Milton Kenan Júnior
Bispo
Auxiliar de S. Paulo
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